A Regata Aniversário Banco do Brasil, tradicional evento da vela brasiliense, introduziu uma novidade este ano. Na segunda-feira (12), seletos veleiros de oceano, muitos reforçados pelos principais velejadores da capital, entraram na raia para a disputa da Regata Fita-Azul, prova que colocou em jogo o belo troféu transitório da competição. Desta prova participou uma flotilha de apenas doze barcos, formada pelos que haviam conquistado o troféu em anos anteriores, alguns convidados por mérito e aqueles classificados em regata realizada no dia anterior.
Antes da regata, sob o comando do experiente árbitro internacional Ricardo Lobato, a expectativa era grande não só entre os competidores, mas também entre o público que acompanhava a transmissão da regata pela internet. Entre os favoritos despontavam o atual campeão Mizú II, um ILC 30 de Guilherme Raulino, os veleiros Xôpe e Maitói 2, ambos Carabelli 32, além do Stand by Me, um ILC 25, do medalhista olímpico Lars Grael que apesar do tamanho poderia surpreender.
As emoções da prova começaram antes mesmo do tiro de largada, realizado pouco depois das 10h. Na pré-largada, no minuto final, um toque irregular do veleiro War no costado do veleiro Xôpe fez a adrenalina subir. O incidente levou o Xôpe a largar alguns segundos atrasados e praticamente tirou o War da disputa, após cumprir prontamente a penalidade alternativa de 720⁰. Apesar do contratempo na largada o Xôpe aproveitou bem os ventos bastante rondados, com rajadas de até 12 nós, e logo estava novamente na disputa.
Ao final do primeiro contravento começou a se desenhar o principal duelo da regata, entre o Mizú, então líder da prova, e o Xôpe. Com um trabalho tático mais eficiente na primeira perna de popa o Xôpe ultrapassou o Mizú II. Mas visivelmente mais veloz no contravento foi a vez do Mizú dar o troco a poucos metros da bóia do segundo contravento. No segundo popa os barcos seguiram todo o tempo separados por menos de um barco de distância. Próximos de contornar a marca a tripulação do Xôpe foi mais eficiente em uma seqüência de jibes e obteve preferência na bóia. No terceiro contravento, última e decisiva perna, veio o desfecho da prova. Novamente mais veloz, o Mizú II escapou da marcação e ao tentar cruzar sem preferência com o Xôpe não conseguiu arribar a tempo de evitar uma colisão. Resultado, Raulino e sua equipe tiveram que cumprir uma penalidade enquanto o Xôpe seguiu para a vitória e retomou o troféu, conquistado em 2006 e 2007.
Pelo terceiro êxito o Xôpe, com a tripulação formada por Carlos Augusto
MingoMontezuma, Luiz Carlos Ritter, Renato
Tinha Moura, Rodrigo
Kiko Moura, Tarcísio do Valle e Vinícius
Dr. Lucena levou em definitivo o troféu transitório da competição, colocado em disputa desde 2004.
Vencedores do Troféu Transitório Banco do Brasil: 2009 - Xôpe - Carabelli 32 - CMIC
2008 - Mizú II - ILC 30 - ICB
2007 - Xôpe - Carabelli 32 - CMIC
2006 - Xôpe - Carabelli 32 - CMIC
2005 - Maitói 2 - Carabelli 32 - ICB
2004 - Laboissiére - Delta 32 - CNB
Fonte: www.boia1.com.br